sexta-feira, 5 de junho de 2009

Internacionalização do serviço futebol

Podemos imaginar qual é o serviço mais valorizado no mundo? Se considerarmos que esse é prestado por apenas uma pessoa a resposta é fácil. Uma recente transferência no mercado de jogadores de futebol impressionou o mundo. 65 milhões de Euros foram pagos pelo clube espanhol Real Madrid para possuir na sua formação o jogador brasileiro Kaká. Uma quantidade que segundo Laporta, presidente do clube espanhol Barcelona, pode inflacionar o mercado de jogadores.
Interessante é perceber que tudo isso se deve a um serviço muito valorizado. O serviço do futebol prestado para uma equipe por um jogador. Um clube que decide pagar uma quantidade tão elevada para possuir o suor de um atleta nos poros de sua camisa oficial, deve saber o que esta fazendo.
Como a internacionalização de outro qualquer negócio, internacionalizar o futebol de um jogador não é uma tarefa fácil. Estabelecer uma comunicação em outro idioma é desgastante, exige tempo, paciência e muito esforço. Adaptar-se ao jogo, às normas do clube, ao aspecto físico dos jogadores rivais e à torcida é um exercício muito difícil para um jogador e se assemelha muito ao de uma empresa ao levar sua marca para o exterior.
Porém os clubes não param por ai. Chegando aos respectivos times, os jogadores passam pelo processo “produto novo” do time. Assim como Ronaldo o “fenômeno” que chegou ao Corinthians aumentando o preço da bilheteria, vendendo milhares de camisas e gerando uma audiência imbatível para as emissoras, um jogador exportado vai com todo esse pacote. É possível tirar proveito dele dentro e fora de campo.
Felizmente o Brasil hoje não internacionaliza apenas seu futebol. Grandes empresas estão explorando o mercado estrangeiro, cada vez mais nossas marcas atingem o além mar e nosso dinheiro é investido em diferentes oportunidades internacionais. Se for para citar uma grande empresa que merece destaque nesse âmbito é o frigorífico Friboi, o maior do país, que deu o primeiro passo no processo de internacionalização do setor de carne bovina brasileiro.
Agora voltando ao nosso bom e velho futebol, qual será o próximo movimento dessas negociações? Será que depois do fenômeno, um milagre ocorrerá e os antigos ídolos brasileiros voltarão aos gramados do país? Talvez. É o processo inverso da internacionalização? Agora nossos jogadores voltarão para ensinar o que aprenderam lá fora? Parece que não. Tirando o fairplay, futebol se aprende aqui.

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